Apple pode estar prestes a entrar na lista negra da China
Ainda que os EUA tenham concedido à Huawei uma licença especial com a duração de 90 dias, não será sol de longa dura. Assim o diz o atual Secretário da Defesa norte-americano, em declarações à AFB. No entanto, a Apple também pode estar prestes a ser bloqueada na China, já segundo outros relatos.
Poderá este ser o próximo e gravoso desenvolvimento na guerra comercial entre ambos os países?
Segundo as declarações do representante do governo norte-americano, a Huawei não é de confiança. Por conseguinte, findo o período especial de 90 dias as relações comerciais com esta empresa serão definitivamente encerradas. É, portanto, o fim da linha para as relações entre a Huawei e a Google, por exemplo.
Ao mesmo tempo, mas já de acordo com a Bloomberg, a Apple estará prestes a ser bloqueada na China. O infortúnio será uma consequência direta da colocação desta empresa na “lista negra” do país. Ao mesmo tempo, vemos já vários indicadores a sugerir uma absorção da quota de mercado da Apple na China.
Tal acontecerá mesmo sem que a China bloqueie a Apple. Tudo isto devido ao sentimento nacionalista que se levanta junto da população chinesa e, aliás, algo que já se tem vindo a verificar há vários anos. Até ao momento, certo é, de forma gradual, mas perante estes desenvolvimentos, agora de forma exacerbada.
Além disso, a China já anunciou que criou uma lista negra de empresas estrangeiras e indivíduos com quem não negociará. Em síntese, uma lista de entidades com as quais cortará as relações comerciais, uma vez que os mesmos desígnios lhe foram aplicados, portanto, quem não negoceia com a China, será banido por esta.
Ainda assim, não é provável que a Apple seja banida da China. Se, por um lado, o país é de extrema importância para a Apple e com as vendas de iPhones já em queda, isto seria gravoso para a mesma, a economia chinesa iria sentir profundas repercussões em todo o seu tecido económico.
A “vingança”, ainda que tentadora, significaria que os iPhones deixariam de ser produzidos na China. As consequências de tal para a economia do país são óbvias e traduzir-se-iam em vagas de novos desempregados.